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Bateria e Percussão no Tratamento da Dependência Química e Alcoólica

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a dependência química como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que surgem após o uso repetido de uma substância.

A dependência pode estar relacionada a:

  • Substâncias psicoativas específicas, como álcool, tabaco ou cocaína.
  • Categorias de substâncias, como os opiáceos (derivados do ópio).
  • Um conjunto mais amplo de substâncias com diferentes efeitos farmacológicos.

Dependência Química

A dependência química é uma doença crônica e multifatorial, ou seja, diversos fatores influenciam seu desenvolvimento, incluindo:

  • Quantidade e frequência do uso da substância.
  • Condição de saúde do indivíduo.
  • Fatores genéticos.
  • Influências psicossociais e ambientais.

Comorbidades

A dependência química está frequentemente associada a outros transtornos psiquiátricos, como:

  • Ansiedade.
  • Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
  • Depressão e transtornos depressivos (com risco de suicídio).
  • Transtornos de personalidade.
  • Transtorno bipolar.

A dependência química e alcoólica não tem cura, ou seja, mesmo quando a pessoa está em abstinência, essas comorbidades podem persistir.

O foco do tratamento está no controle da doença e na manutenção da estabilidade emocional, evitando recaídas.

Para isso, são utilizadas abordagens como:

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).
  • Programação Neurolinguística (PNL).
  • Terapias ocupacionais, como o estudo da bateria e percussão.

Intervenção através da Bateria e Percussão

Muitas vezes, uma pessoa com dependência química não consegue falar abertamente sobre o problema logo no início do tratamento. Isso ocorre porque a dependência não se resume apenas ao uso da substância, mas está ligada a gatilhos emocionais, cognitivos e hormonais.

O objetivo da intervenção musical é:

  1. Identificar o perfil do aluno, entendendo quais estímulos (auditivos, visuais ou sinestésicos) ativam esses gatilhos.
  2. Criar um “gatilho reverso”, fortalecendo os aspectos positivos da vida do aluno.

Uso da Bateria para Estabilização Emocional

A música e a bateria são utilizadas para:

  • Criar conexões emocionais positivas através do estudo musical.
  • Identificar afinidades musicais e usá-las como ferramenta de autoexpressão.
  • Relacionar o gosto musical a pessoas significativas, como familiares ou amigos, fortalecendo laços afetivos.

Esse processo cria um suporte emocional e cognitivo para que o aluno reconstrua seus objetivos de vida e fortaleça sua mentalidade.

Essa abordagem baseia-se no conceito de PENSENE (Pensamento, Sentimento e Energia), ajudando o aluno a:

  • Perceber suas emoções de maneira mais tangível.
  • Entender e processar sentimentos que antes pareciam incontroláveis.
  • Reconhecer os sinais de recaída antes que aconteçam.

Ao tornar os sentimentos mais perceptíveis e reais, o aluno desenvolve uma melhor autoconsciência e controle emocional, fundamentais para evitar recaídas.


Metas e Reforço Positivo

O tratamento da dependência química exige um reequilíbrio físico, mental e emocional.

A bateria pode auxiliar nesse processo ao:

  • Criar um senso de disciplina e rotina.
  • Ajudar na regulação hormonal e emocional.
  • Desenvolver resiliência emocional diante dos desafios da abstinência.

Ao estabelecer metas de curto prazo, evita-se a frustração do aluno. Cada pequena conquista gera uma sensação de controle e prazer, aumentando a autoconfiança e fortalecendo a vontade de seguir o tratamento.


Conclusão

A intervenção através da bateria e percussão oferece um recurso terapêutico complementar para pessoas em tratamento da dependência química e alcoólica.

A música atua como:

  • Ferramenta de expressão emocional.
  • Auxílio no reconhecimento de padrões de pensamento e comportamento.
  • Mecanismo para fortalecer o autocontrole e a disciplina.

Aliada ao tratamento médico e psicológico, a bateria pode ajudar o aluno a desenvolver autoconhecimento, resiliência e estratégias emocionais, tornando o caminho para a recuperação mais estruturado e eficaz.

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