Muitos consideram a distimia uma forma de depressão mais leve e prolongada, o que não é verdade. Seus efeitos podem ser tão destrutivos quanto os da depressão profunda.
A distimia pode ser diagnosticada quando o indivíduo apresenta humor depressivo na maior parte do dia, na maioria dos dias, sem que haja interrupções desses sintomas por mais de dois meses, e se persistirem por mais de dois anos.
Esse humor depressivo pode ser caracterizado por baixa autoestima, tristeza, irritação, desesperança e dificuldade de concentração e na tomada de decisões simples e diárias, além de mudanças extremas nos hábitos alimentares e do sono.
Além de sofrer com esses sintomas, a pessoa com distimia frequentemente enfrenta dificuldades em sua vida devido a esses mesmos sintomas, criando um ciclo vicioso. A principal diferença entre a distimia e o transtorno de depressão maior (depressão profunda) é que a distimia é mais duradoura e crônica.
As causas da distimia incluem predisposição genética e experiências estressantes, especialmente na infância, como separação dos pais ou traumas emocionais.
Comorbidades
Os sintomas costumam surgir na infância ou início da vida adulta e podem durar anos, principalmente porque muitas pessoas com distimia não procuram ajuda médica ou terapêutica.
Geralmente, essas pessoas apresentam:
- Mau humor constante.
- Perda de ânimo e motivação.
- Dificuldade de convivência social.
- Problemas na tireoide.
- Deficiência de vitamina B12.
- Fibromialgia e dores corporais frequentes.
Intervenção através da Bateria e/ou Percussão na Distimia
No tratamento da distimia, a abordagem musical com bateria e percussão segue princípios semelhantes ao tratamento da depressão. Porém, um fator diferencial é o papel da família, que tem grande impacto no desenvolvimento da pessoa com distimia.
Por esse motivo, é fundamental manter reuniões frequentes e trocas de informações sobre o estado emocional do aluno. Muitas vezes, pode ser necessário sugerir mudanças nos hábitos e comportamentos familiares, para que o aluno encontre um ambiente mais favorável ao seu bem-estar.
A bateria e a música atuam como um regulador hormonal e emocional, funcionando como uma válvula de escape durante crises e promovendo um processo de reflexão para que o aluno perceba momentos de maior impacto da distimia.
Os benefícios hormonais ocorrem porque a prática da bateria alia atividade física com o estímulo emocional da música. Esse processo ajuda a estabilizar hormônios relacionados ao humor, como serotonina e dopamina.
No entanto, é essencial ressaltar que a música e a bateria são apenas um tratamento complementar, que deve ser associado a outras abordagens, como:
- Uso de medicamentos (quando necessário e indicado por um profissional de saúde).
- Acompanhamento nutricional, incluindo suplementação alimentar e vitamínica.
- Terapia psicológica, para ajudar o aluno a lidar com os desafios emocionais da distimia.
O primeiro objetivo das aulas é sempre buscar o nivelamento do humor e do equilíbrio hormonal do aluno.
Como educador, o papel fundamental é observar os estímulos e reações do aluno, repassando essas informações para médicos ou familiares, para que sejam tomadas as providências adequadas.
Além disso, no aspecto emocional, o estudo da bateria e da música ajudará o aluno a identificar e controlar as oscilações de humor, promovendo um maior equilíbrio e qualidade de vida em sua rotina pessoal e social.