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Afinação da Bateria Parte 5 – Canoas da Bateria

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As canoas da bateira juntamente com os aros são o eixo de ligação entre o casco e a pele.

Assim como os aros elas podem ser feitas de diversos materiais como: Aço, alumínio, bronze, fibra de carbono e etc… Também quando muito robustas são chamadas por alguns fabricantes de “canoas Die cast”. Sua função é segurar a pressão imposta pelo aro através do parafuso de afinação, ou seja, ela é feita para travar, canoa que solta o parafuso ou que se solta do tambor, meu amigo…. “Esse “treco” tá errado”.

O maior problema além de soltar a afinação fora de hora são os chamados “grilos” que elas produzem. São barulhos de trepidação e de metal e/ou plástico entrando em atrito com o tambor ou internamente na própria canoa, ou mesmo amplificados pela vibração do tambor e isso acontece na medida que você com sua “patinha de urso” toca o tambor, caso a bateria ainda esteja microfonada, aí se prepare para ver o “circo pegar fogo” com o técnico de som! E isso meu amigo, é culpa única e exclusivamente SUA!!! (MAS ISSO É PAPO PARA OUTRO CAPÍTULO)

No geral as canoas interferem diretamente no campo harmônico do tambor, quanto menor o número de canoas, mais espaço a madeira terá para vibrar, consequentemente, mais som seu tambor terá, porém nem tudo são flores, pois assim com um menor número de canoas menor será a precisão de afinação que fará com que você tenha um “Elefante Branco” nas mãos… Um baita som de tambor, com muita vida e berrando igual a nossa criança chorona de dois meses que falei em outro artigo

Neste caso de menos canoas para afinar, você tem algumas opções!

Amordaçar a criança: Colocar abafadores ou dissipadores de harmônico como fitas, moon-gel e etc…

Controlar a criança no tapa: Tocando com mais jeito o tambor, com mais pressão, deixando a baqueta em contato mais tempo com a pele para “matar” esses harmônicos, ou tocando mais de leve para não fazer o tambor “chorar muito” (leia-se CANTAR MUITO – Não quis perder o trocadilho infame mais uma vez! rsrsrs).

Trocar as fraldas da criança: colocando peles com características de som mais fechadas como as Ebonys (peles pretas de duplo filme) ou até mesmo aros die cast.

(Só para deixar claro sou contra agressão às criancinhas (crianças de verdade) rsrsr! Mas eu gosto de trocadilhos infames e sem graça – Uma hora melhoro isso!!!)

Eu particularmente não abafo nada da minha bateria, odeio comprar algo pra ficar “matando e secando” depois!

Prefiro aprender a lidar com o que tenho e controlar no braço e na técnica, afinal de contas é pra isso que estudei tanto, nada contra quem faz e em estúdios isso se faz necessário sim. Mas eu evito o máximo que posso!

Quando se tem mais canoas o tambor perde sim um pouco da “vida” dele, mais fica algo muito mais controlável e estável para se trabalhar, ambos cenários tem seus prós e contras e cabe a você achar o seu ponto de equilíbrio e estar preparado para lidar com ambas as situações, pois nem sempre podemos usar o nosso equipamento completo.

Dica 1:

Pelo menos uma vez por mês faça a manutenção completa do seu equipamento e ao desmontar as canoas veja se não estão trincando ou até mesmo já trincadas, se as arruelas de pressão, porcas, contra-porcas, buchas e parafusos não estão espanadas, ou desgastadas, se elas não estão danificando o casco ou mesmo passando ferrugem para o casco.

Ao deixar somente as canoas (sem aros, parafusos e peles) somente canoa e o casco do tambor, balance-o e profira batidas de leve no casco para ver onde aparecem os ruídos e “grilos”. Caso não seja pela falta do parafuso o que nesse caso dependendo do modelo da bateria é normal, veja se você pode corrigir ou se precisa trocar algo.

A canoa tem a finalidade além de travar a afinação, de absorver e não deixar passar a vibração através dela para o casco, essa vibração deve se dar apenas entre baqueta, pele, aro e casco do tambor, qualquer coisa que na PRODUÇÃO DO SOM saia dessa ordem estará na maioria dos casos muito errada.  Já a resposta do som pode sim transferir a vibração para outras partes como tom holders, pedestais e etc… mas quanto menos melhor e quanto mais isolada e inerte de vibração for à canoa melhor será o resultado e a sustentação desta afinação.

Dica 2:

Nos modelos mais básicos de bateria, chamado de “modelos de entrada” o parafuso está com contato direto com o aro praticamente, quanto mais o parafuso é pressionado mais ele aperta o aro e mais fundo ele vai na canoa. Isso além de poder entortar o aro no decorrer do tempo, faz com que se perca a afinação muito rápido.

Se o seu equipamento está perdendo afinação, vá até um material de construção ou loja de parafusos e compre arruelas de pressão de nylon nos dias de hoje não devem custar mais que R$0,15 cada e coloque-a entre o parafuso e o aro, isso vai segurar a afinação por mais tempo e reduzir a transferência de vibração do Aro/Parafuso/Canoa conservando por mais tempo seu equipamento e logicamente a afinação.
Bom neste artigo podemos ver que a canoa é uma parte muito importante para a bateria e tem absoluta participação no som que você busca, portanto tenha sempre muita atenção a ela.

No próximo artigo vamos falar da importância das baquetas, tipos de baqueta e como escolher a sua…

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Até a Próxima!

Bumbo no Rim e Caixa no Zoio!

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