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Bateria e Percussão no Tratamento da Síndrome de Guillain-Barré

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O que é a Síndrome de Guillain-Barré?

A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune inflamatória que afeta os nervos periféricos e suas conexões com a medula espinhal.

Ela é caracterizada por fraqueza progressiva, podendo evoluir para insuficiência respiratória e, em casos graves, levar à morte.

Embora possa ser causada pelo Zika vírus, essa não é a única causa. A síndrome pode surgir após infecções virais ou bacterianas, tanto respiratórias quanto intestinais.

O sistema imunológico, ao combater esses agentes infecciosos, ataca erroneamente os próprios nervos do corpo, resultando em:

  • Danos aos nervos periféricos das pernas e braços.
  • Formigamento, fraqueza muscular e paralisia progressiva.
  • Desmielinização, um processo que danifica a bainha de mielina (camada que protege os nervos), comprometendo a transmissão dos sinais nervosos.

Esse erro imunológico é conhecido como “mimetismo molecular”, pois o corpo confunde as proteínas dos vírus e bactérias com as do próprio sistema nervoso, atacando ambos.


Comorbidades

A Síndrome de Guillain-Barré pode comprometer todo o sistema nervoso central, afetando os estímulos musculares conscientes e inconscientes.

As principais comorbidades incluem:

  • Redução da capacidade respiratória.
  • Insuficiência cardíaca em casos graves.
  • Formigamento intenso e dormência.
  • Paralisia muscular progressiva.
  • Perda de reflexos nos membros.
  • Hipotonia (fraqueza muscular acentuada).

Intervenção através da Bateria e Percussão

A Síndrome de Guillain-Barré avança rapidamente e pode exigir internação emergencial para estabilizar o quadro.

Após a fase aguda e os primeiros tratamentos médicos e fisioterapêuticos, a prática da bateria pode auxiliar na recuperação motora e condicionamento muscular.

1. Avaliação Inicial

Antes de iniciar as aulas, é fundamental avaliar:

  • Quais músculos foram mais afetados.
  • Quais movimentos o aluno ainda consegue executar (micro muscular, como dedos e pulsos, ou macro muscular, como braços e pernas inteiras).
  • Se o aluno consegue manter o tônus muscular para ficar sentado.

2. Exercícios Musculares Progressivos

A prática da bateria pode ser usada como uma forma de reabilitação motora, começando com:

  • Séries curtas de exercícios repetitivos, aumentando gradativamente.
  • Explorar os músculos que ainda têm força e, aos poucos, estimular os mais fracos.
  • Combinar movimentos musicais com exercícios físicos, facilitando a recuperação da coordenação e força muscular.

3. Benefícios Cognitivos e Emocionais

Além dos benefícios físicos, a prática da bateria também auxilia no processo cognitivo e emocional.

  • Estimula a atividade cerebral, promovendo novas conexões neurais.
  • Afasta sentimentos de depressão e frustração, comuns em pacientes que perdem a mobilidade.
  • Ajuda na construção de uma mentalidade positiva, fundamental para o processo de recuperação.

4. Acompanhamento Médico e Nutricional

A reabilitação deve ser acompanhada por um feedback constante com os médicos e fisioterapeutas, garantindo que:

  • Os exercícios musicais não sobrecarreguem o aluno.
  • As metas de recuperação sejam alinhadas ao tratamento clínico.
  • A nutrição e repouso adequados acelerem a recuperação.

Conclusão

A bateria e percussão podem ser ferramentas complementares na reabilitação da Síndrome de Guillain-Barré, ajudando na:

  • Recuperação da força muscular.
  • Melhoria da coordenação motora.
  • Redução da ansiedade e depressão.
  • Promoção de uma mentalidade positiva e resiliente.

Embora a música não substitua os tratamentos médicos e fisioterapêuticos, ela pode desempenhar um papel essencial na recuperação física e emocional do aluno, oferecendo um caminho mais leve e motivador para sua reabilitação.

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