Agenda aberta para as Aulas de Bateria | Confira todos os curso disponíveis

Afinação da Bateria Parte 4 – Tipos de Aros Para Bateria

Sabe de alguém que vai curtir ler este artigo? Compartilhe!

Email
WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
LinkedIn

Hoje existem vários tipos de aros para bateria, cada um com sua finalidade irão lhe ajudar na hora do aperto (mais um trocadilho infame – rsrsrs) a manter a tonalidade e afinação do tambor, junto com as canoas e parafusos de afinação, eles tem a finalidade de distribuir a pressão por igual bem como dissipar o ataque proferido sobre a membrana (pele) fazendo o elo de ligação entre a pele e o casco do tambor.

Podem ser feitos de alumínio inteiriço bem como alumínio tratado, bronze, latão, aço, madeira, banhados a ouro, aço escovado, cobre ou latão envelhecido, prata dentre outros.

Primeira coisa ao se comprar ou adquirir um aro para bateria, assim como o tambor é ver se ele não pode ter imperfeições, tem de ser um produto muito bem acabado, sem que haja nenhuma parte do mesmo que possa sob qualquer hipótese agredir o casco, a pele ou a baqueta, ou até mesmo a sua mão (caso queira dar uma de John Bonham na bateria) Sua solda tem de ser sólida e o mais imperceptível possível, se for inteiriço melhor ainda, sempre com os cantos e quinas (nas dobras) arredondados, nada nele pode ser passível de produzir algum corte!

Para resumir!…

“SEU ARO TEM QUE SER IGUAL BUNDINHA DE NENÊ”

Outro fator é a quantidade de afinações que ele possibilita, que nada mais é que a quantidade de parafusos que ele comporta. Quanto mais afinações, maior será a precisão do som, mais definição ele terá e logicamente vai segurar essa sonoridade por mais tempo, logicamente dá mais trabalho pra conseguir o som desejado.

Então vamos aos tipos de aros:

Tipos de Aros para Bateria

Die Cast:

Mais usados nas caixas (tambor central da bateria) eles são os mais grossos e sólidos em geral são duas vezes mais grossos que os Standards (1,6 a 2,8 milímetros), podem chegar a 3,6 mm de espessura.

São aros de afinação mais precisa portanto, demandam de mais paciência e prática sua ao manuseá-los, por serem mais grossos são mais pesados e acabam cortando alguns Overtones (são aqueles harmônicos de alta frequência, mais agudos) com isso, o som sai mais “seco” com mais ataque, também pelo seu peso o tambor acaba vibrando menos, hoje são fabricados de diferentes materiais, como por exemplo: níquel, alumínio, zinco, estanho, cobre e etc… São aros que não aceitam imperfeições no casco, portanto se mesmo com um aro Die Cast você ainda ouvir vibrações estranhas procure avaliar se as bordas do tambor não estão com algum defeito/problema, ou se o aro não está com problema ou mesmo mal colocado e isso acontece com frequência se você não tem prática com eles no dia a dia.

Standard ou Estampados:

São mais comuns em alumínio, mas podem ser feitos de diversos materiais já citados e sua espessura varia de 1,6mm à 2,8mm, quanto mais fino maior a encrenca para afinar e quanto mais finos mais fácil será de perderem a afinação, produzem um som mais quente com mais corpo por transferirem com mais facilidade as vibrações das peles para o casco e vice-versa, no geral quando feito em alumínio, bronze ou latão tem uma tendência maior para os timbres agudos, já os de aço além de matar um pouco (mas não tanto quanto os die cast), aros de aço tem uma tendência maior ao médio grave.

Madeira:

São aros extremamente rígidos, geralmente muito grossos e ao mesmo tempo muito sensíveis, ou seja, nada de “patinha de elefante” neles crianças!!!  

Rigidez e flexibilidade, vão sempre depender de espessura e do tipo de madeira usado na fabricação, como são grossos demais e ao mesmo tempo pesados, na maioria dos casos, podem (dependendo do tipo de madeira) ser similares aos Die Cast, porém são de madeira produzem vibrações que se convertem em som “tem quase que vida própria” e com isso geram harmônicos que se faz necessário aprendermos a controlar.

Vão sempre gerar mais brilho e ressonância, e aí se você tem o hábito de usar Rimshots (como eu) vai precisar de um tempo para se adaptar, porque vão soar bem diferentes do que você está habituado.

Obs. Não é aconselhável você tocar com rimshots o tempo todo nesse tipo de aro, diminui drasticamente a vida útil deles.

Free Floating:

O nome traduzido ao pé da letra significa “Livre Flutuação” e não tem maneira melhor de se explicar isso que o próprio nome.

É um sistema originalmente desenvolvido pela Pearl onde temos um aro principal ao qual prendemos a pele, este aro, para aguentar a pressão imposta sobre ele geralmente é um Die Cast e seguindo em direção ao corpo do casco temos a continuação desse aro, formando algo como “um aro apoiado em outro” deixando o casco “LIVRE PARA FLUTUAR” daí o nome Free  Floating.

Como não existe pressão direta no casco do tambor e sim somente entre os aros, a pressão dada na afinação pode ser muito superior elevando a pele ao seu limite máximo, e como as pressões são invertidas a afinação trava de maneira quase que absoluta.  

Se a pele está esticada ao máximo ela não irá vibrar muito, consequentemente teremos somente a vibração do casco, como a pele terá muito mais “push” (Ataque), esse ataque será predominante de frequências altas (agudos) que por sua vez ao passarem para o casco repercutiram frequências altas, ou seja, você terá um tambor com muitos agudos e seco pois a pele não vibra tanto na resposta para prolongar as baixas frequências (graves) que poderiam existir.  

Por este motivo este sistema é usado somente até então, em caixas e foi aprimorado para as Drum Corps (Bandas Marciais) pois usavam caixas grandes para ter maior volume em campo aberto e sem microfonação, por isso o uso das caixas de 14″ x 12″, e como essas caixas, devido seu tamanho possuem muita tendência à baixas frequências (som grave), e como se deslocavam o tempo todo pelo campo ou quadra, ficava complicado manter a afiação por tanto tempo, ainda mais exposta à movimentos constantes, sofrendo ataques de notas rápidas e rimshots, e além disso as mudanças de temperaturas durante horas de treino à céu aberto. Assim desenvolveu-se o Free Floating para Puxar a afinação ao máximo para trazer os agudos para cima e não “embolar” com o resto dos bumbos e tenors (também chamados de tri, quadri, quinto e exa Tons conforme o número de tambores)  

Deixando a tensão somente no aro Free floating essa afinação se mantinha por muito mais tempo e eles poderiam executar os movimentos de giros e coreografias com muito mais tranquilidade e precisão por muito mais tempo sem perder a afinação.  

Já na música popular, esses aros ficaram comuns onde os agudos e ataques de caixa precisam aparecer mais e com maior destaque, ou seja, Funk, R&B, Soul e etc…, além de ficarem populares entre as caixas de menor profundidade “piccolo” A própria Pearl hoje tem uma linha de caixas Free Floating com cascos dos mais variados possíveis inclusive híbridos, onde as caixas de baixa profundidade (3,5″, 4″, 4,5″) são sem dúvidas as líderes de mercado. Por ser uma tecnologia patenteada é difícil vermos outras fabricantes dispostas a pagar os direitos sob a patente do produto, mas não estranhe ao ver outras marcas desenvolvendo algo similar aos aros Free Floating ou nos casos das Drum Corps pagando os direitos para terem uma fatia do bolo, outras marca que tem se aprimorado muito nessa tecnologia são a Yamaha, Dynasty, Mapex, Tama

Bom este foi mais um capítulo em busca da afinação perfeita, em busca de um maior entendimento do seu instrumento.

No próximo capítulo vamos falar sobre as canoas da bateria, e da sua importância para o instrumento.

Bumbo no Rim e Caixa no Zoio!

Até a próxima…

Artigos em destaque