Veja a minha biografia em detalhes, contando minha história com a música em formato de linha do tempo.
Irati no estado do Paraná, em 11 de setembro de 1987, mudei para Curitiba-PR aos 3 meses de idade para tratamento médico devido a problemas cardíacos. Desde então passei minha vida aqui, embora devido a vida de músico, tenha passado períodos fora, nunca me vi morando longe daqui por muito tempo.
A minha entrada no mundo dos tambores de forma consciente se deu aos 10 anos de idade, no entanto meus familiares sempre diziam que quando criança vivia batucando em tudo, embora eu não tenha essa lembrança.
No final de 1999 ao me mudar para região metropolitana de Curitiba na cidade de Contenda-PR eu conheceria o meu mentor na música e na vida, maestro e segundo pai, o hoje Subtenente da Reserva do Exército Brasileiro Maestro Affonso Cid Junior. Onde sob a tutela dele passei a fazer parte da orquestra da cidade, e também das bandas marciais de Balsa Nova-PR e da Banda Marcial Madre Clélia Merloni, onde permaneceria até o ano de 2008.
Através dele consegui desenvolver um alicerce de conhecimento musical, que levo comigo até hoje, e preceitos morais dos quais eu não tinha por ter sido criado por pais separados. O choque, tanto musical como pessoal na minha vida, foi o divisor de águas que me permitiram estar vivo aqui hoje. Foi através dele, mesmo contra minha vontade no início, que tive o primeiro contato com a docência musical, aos 14 anos ele me obrigava a ensinar o que ele me ensinava aos outros percussionistas.
Foi aos 14 anos também que comecei minha vida profissional na música tocando com banda bailes, e em todo lugar que aparecesse.
Quando eu o questionava do por quê ser obrigado a isso, ele me dizia:
” – Para ser um líder primeiro você precisa ser liderado, você precisa desenvolver essa humildade.
Você tem que aprender a devolver pro mundo o que o mundo te dá, você não paga nada por estar aqui aprendendo o instrumento, então não lhe custa passar isso adiante.
Você tem a capacidade de aprender rápido as coisas, e ama o tambor mais que qualquer coisa, não pense que você vai ficar famoso da noite pro dia, e aprender a ensinar música também pode ser parte do seu trabalho no futuro. Ensinar música vai te dar mais disciplina, vai te ensinar a respeitar mais os outros e entender que ninguém é igual a você”
E por último sempre sem perder a oportunidade de brincar com a minha cara, dando risada ele dizia:
” – E porque quem manda aqui sou eu, sou mais velho tenho mais experiência e tenho mais coisas pra fazer e sou militar, então não me questione e faça!”
Eu ficava puto ao ouvir isso, mas ao mesmo tempo não conseguia parar de rir, e lembro com muita alegria e saudades desses momentos. Foi através da orientação dele que também tive o primeiro contato com a música voltada a crianças especiais.
Em 2003 ele me fizera ir procurar outros professores, dizendo que eu poderia continuar ali, mas se eu quisesse realmente isso para minha vida, teria que ir buscar outros professores que pudessem me ensinar mais coisas, foi aí que após muita insegurança eu fiz a prova de admissão do Conservatório de música Popular Brasileira de Curitiba – CMPB e passei.
Após isso comecei a frequentar workshops de todos os músicos que podia, fosse o instrumento que fosse.
E conheci Vina Lacerda e Danilo Koch, que se tornaram alicerces até hoje no meu desenvolvimento na área de percussão, eles juntamente com o Toni despertaram a paixão em mim pela docência, tamanho exemplo de seres humanos, tamanho o carinho e amor que demonstraram sempre, para com o ser humano e para com o mundo dos tambores, sempre de forma muito clara e reta. São amigos e exemplos de pessoas que tenho na minha vida.
Em 2006, dava início a Banda Olver, banda de Hardcore que passou por várias formações, mas onde eu e Filipe Borba, sempre estivemos juntos, nossa parceria se dava desde a Banda Marcial Madre Clélia Merloni onde ele tocava trompete.
Através dele conheci um Guitarrista chamado Breno Teixeira, ao qual é um grande professor de guitarra na cidade de Curitiba. Em 2006 ele precisava de bateristas para acompanhar os alunos dele em uma apresentação, eu não pensei duas vezes e logo liguei para o Breno me oferecendo para o trabalho, inicialmente eu iria tocar 2 ou 3 músicas, como os meus estudos na bateria eram sempre de longas horas e tocava bailes por 4, 5 às vezes 6 horas, logo me ofereci para assumir o repertório todo dos alunos e corri tirar as músicas, não me importava para estilo ou gosto musical ou o que quer que fosse, eu queria era currículo, era tocar e ser visto, o que viesse era lucro. Além disso, ver a forma com que o Breno trabalhava a cabeça dos alunos e como ele os cativava era estonteante. A relação que ele cria com os alunos, e na hora de tocar a agressividade musical que ele tem, foram exemplos que absorvi muito rápido. Nos tornando mais próximos, e ampliamos os trabalhos, lá permaneci por dois anos tocando nos ensaios por 6 horas regados a bananas e coca cola pra aguentar o tranco.
Dentro do trabalho com ele, aprendi a lidar com as frustrações e entender que música envolve pessoas e pessoas tem limitações ainda mais quando crianças, e muitas vezes não poderia executar tudo que tinha em mente.
Nascia a Terceiro Estado, fomos apadrinhados pelo Xandão (O’ Rappa) que após muita insistência nossa, nos apresentou Tom Saboia, e sob a produção de ambos gravamos o disco homônimo. Isso nos abriu portas permitindo dividir o palco com as maiores bandas do país, como Skank, Barão Vermelho, Capital inicial, Kid Abelha, Jorge ben Jor, Cidade Negra e o próprio O’ Rappa dentre outras.
Dentro deste período continuava a tocar com outros artistas e músicos na noite, fazendo free lance como sideman e também atuando em gravações e eventos, durante este tempo também dei início ao curso de produção em áudio e vídeo pelo IFPR que me proporcionou muito mais conhecimento, além de parceiros de trabalho como Christian Yunes e José Lauro Rímoli.
Christian Yunes foi meu professor de áudio durante o curso e se tornou um grande amigo e irmão, e me indicou José Lauro Rímoli, que mais tarde viria a ser o técnico de som da Terceiro Estado.
Degustar da paz e da serenidade destes dois figuras, aliado ao conhecimento que ambos possuem é sobre-humano e de um prazer inestimável!
Dois dos maiores exemplos de profissionais e amigos que com certeza levo para vida toda!
Christian Yunes e Lauro Rímoli – Dois monstros gigantescos em áudio e coração!
Neste período alguns trabalhos também me proporcionaram muitas alegrias, como integrar a banda de apoio de Gui Guimarães e a banda de Rock Italiano chamada QUARTIERE OTTO, Formada por mim, Paulo Juk – Este renomado baixista da banda Blindagem e presidente local da ABRAMUS (Associação Brasileira de Música e Artes) -, Carlo Remondini Guitarrista e fundador do projeto, Alessandro Sangiorgi no piano e teclados este por sua vez Maestro da Ópera Orchestra Curytiba, e de vasto currículo erudito regendo Orquestra Sinfônica do Paraná e outras. E Dario Galloni nos vocais.
Quando a Terceiro Estado estava próxima de gravar o segundo CD em 2014 com uma subsidiária da Sony já sem Bruno Lodi substituído por Luciano Hirano no baixo, e sem Buru Lodi na Guitarra, um dia antes de embarcar para as gravações em São Paulo, eu encerrava meu ciclo dentro da Terceiro Estado, devido a falta de entendimento com o produtor que viria a gravar a banda.
Após isso comecei a me dedicar somente a dar aulas particulares, deixando cada vez mais a noite de lado, embora ainda faça alguns trabalhos, mas mais voltado a gravações do que tocar na noite propriamente dito.
Também sempre me preocupei em me atualizar, durante todos estes anos, já fiz aulas e participei de vários masters class com nomes de peso como Aquiles Priester, Dámaso Cerruti,, Ricardo Confessori, Kiko Freitas, Xandi Tamietti, Robertinho Silva, Peninha, Duda Mendes, Dennis Chambers, Aaron Spears, Horacio El Negro, Mario Fabre, Márcio Bahia, Edu Ribeiro, Caíto Marcondes dentre outros.
A docência também me tomou por completo, fazendo eu unir outros lados que sempre gostei de pesquisar como a psicologia, teologia, filosofia, história, marketing e outras coisas mais.
O desenvolvimento dos alunos também é algo que exige muita dedicação, e estruturar tudo isso em papel ou mesmo gravando aulas ou escrevendo demanda muito tempo.
Será uma aula presencial 100% gratuita. Nessa aula descobriremos qual é a melhor opção para você.
Preencha o formulário e entrarei em contato com você o mais rápido possível.
Instituto de Bateria e Percussão Clodoaldo Paiva — CNPJ: 37.493.490/0001-15 — Copyright 2025 — Todos os direitos reservados