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Clodoaldo Paiva - Biografia

Veja a minha biografia em detalhes, contando minha história com a música em formato de linha do tempo.

11 Set. 1987
11 Set. 1987

Tudo começou em...

Irati no estado do Paraná, em 11 de setembro de 1987, mudei para Curitiba-PR aos 3 meses de idade para tratamento médico devido a problemas cardíacos. Desde então passei minha vida aqui, embora devido a vida de músico, tenha passado períodos fora, nunca me vi morando longe daqui por muito tempo.

A minha entrada no mundo dos tambores de forma consciente se deu aos 10 anos de idade, no entanto meus familiares sempre diziam que quando criança vivia batucando em tudo, embora eu não tenha essa lembrança.

Meados de 1995
Meados de 1995

O mundo dos tambores

Aos 7 anos de idade ganhei um teclado de presente da minha falecida mãe, tentei fazer aulas com a minha vizinha na época, que já tocava a anos, mas eu era muito preguiçoso e odiava ler partituras, então passava a maior parte do tempo brincando com os sons do teclado, e o meu preferido eram os tambores por serem mais fáceis de controlar.
Aos 8 anos comecei a me envolver com a capoeira, cuja qual fiz durante 6 anos da minha vida, lá dentro tive o primeiro contato com os instrumentos de percussão, pandeiro, berimbau, agogô e atabaque.
Ao ouvir aqueles sons na roda de capoeira, tudo parecia ganhar força e vida, então logo pedi a um amigo da capoeira (Anderson) que me ensinasse a tocar pandeiro.
Foi aí que descobri que mesmo sendo destro, algumas coisas eu só conseguia inicialmente com a esquerda, pandeiro era uma delas, no entanto quando ia para o atabaque, os golpes se davam normalmente como destro, mas como não tinha nada relacionado a música em mente, nem me importava com isso.
1997 | Quando Comecei a Tocar
1997 | Quando Comecei a Tocar

Hanson os Culpados de Tudo

Em meados de 1997, uma banda de três irmão se destaca no mundo e ao vê-los pela primeira vez, minha reação foi tirar sarro. Eles eram os irmãos HANSON, banda cuja qual sou fã até hoje!
Lembro até hoje da frase que falei ao vê-los no fantástico na reportagem de Glória Maria:
“- Olha lá três irmãos cantando com voz de menina, com cabelo comprido igual de menina, e o baterista ainda toca todo errado”
O Baterista era Zac Hanson, e tem dois anos a mais que eu, imediatamente comecei a imitá-lo como uma criança bobona, afinal eu tinha 10 anos, e eu era bem babaca na época rsrsr.
 
Uma semana depois de passar imitando-o, destruindo o sofá de casa, algo gritava dentro de mim e eu tive uma certeza absoluta: ” – É isso que eu quero para minha vida!”
A partir disso a minha vida se resumia a escola, capoeira, e quebrar o sofá de casa tocando tudo que eu ouvisse no rádio, inclusive Hanson
Como eu passei imitando o Zac Hanson por muito tempo, e ele é canhoto, eu acabei aprendendo como canhoto, no início não tinha professor, e não sabia se quer diferenciar um pedestal de bateria ou mesmo o nome das peças. E assim foi até os meus 14 anos de idade.
Final de 1999
Final de 1999

Mentor e Maestro | Affonso Cid Jr

No final de 1999 ao me mudar para região metropolitana de Curitiba na cidade de Contenda-PR eu conheceria o meu mentor na música e na vida, maestro e segundo pai, o hoje Subtenente da Reserva do Exército Brasileiro Maestro Affonso Cid Junior. Onde sob a tutela dele passei a fazer parte da orquestra da cidade, e também das bandas marciais de Balsa Nova-PR e da Banda Marcial Madre Clélia Merloni, onde permaneceria até o ano de 2008.
Através dele consegui desenvolver um alicerce de conhecimento musical, que levo comigo até hoje, e preceitos morais dos quais eu não tinha por ter sido criado por pais separados. O choque, tanto musical como pessoal na minha vida, foi o divisor de águas que me permitiram estar vivo aqui hoje. Foi através dele, mesmo contra minha vontade no início, que tive o primeiro contato com a docência musical, aos 14 anos ele me obrigava a ensinar o que ele me ensinava aos outros percussionistas.
Foi aos 14 anos também que comecei minha vida profissional na música tocando com banda bailes, e em todo lugar que aparecesse.

Momentos entre 1999 - 2003
Momentos entre 1999 - 2003

Quando eu o questionava do por quê ser obrigado a isso, ele me dizia:
” – Para ser um líder primeiro você precisa ser liderado, você precisa desenvolver essa humildade.
Você tem que aprender a devolver pro mundo o que o mundo te dá, você não paga nada por estar aqui aprendendo o instrumento, então não lhe custa passar isso adiante.
Você tem a capacidade de aprender rápido as coisas, e ama o tambor mais que qualquer coisa, não pense que você vai ficar famoso da noite pro dia, e aprender a ensinar música também pode ser parte do seu trabalho no futuro. Ensinar música vai te dar mais disciplina, vai te ensinar a respeitar mais os outros e entender que ninguém é igual a você”

E por último sempre sem perder a oportunidade de brincar com a minha cara, dando risada ele dizia:
” – E porque quem manda aqui sou eu, sou mais velho tenho mais experiência e tenho mais coisas pra fazer e sou militar, então não me questione e faça!”
Eu ficava puto ao ouvir isso, mas ao mesmo tempo não conseguia parar de rir, e lembro com muita alegria e saudades desses momentos. Foi através da orientação dele que também tive o primeiro contato com a música voltada a crianças especiais.
Em 2003 ele me fizera ir procurar outros professores, dizendo que eu poderia continuar ali, mas se eu quisesse realmente isso para minha vida, teria que ir buscar outros professores que pudessem me ensinar mais coisas, foi aí que após muita insegurança eu fiz a prova de admissão do Conservatório de música Popular Brasileira de Curitiba – CMPB e passei.

Eterno Mestre dos tambores!
Eterno Mestre dos tambores!
Toni Antoniacomi - Eterno Mestre dos tambores!

Toni Antoniacomi

E assim prossegui meus estudos sob a tutela do professor Toni Antoniacomi, lá dentro meu universo musical se ampliou muito, conheci um mundo que não poderia imaginar, me dei conta que o que eu sabia já era muita coisa, mas para onde eu queria ir, ainda faltava muito chão (e ainda falta).
Danilo Koch e Vina Lacerda, dois grandes mestres e irmãos de som!
Danilo Koch e Vina Lacerda, dois grandes mestres e irmãos de som!

Danilo Koch e Vina Lacerda

Após isso comecei a frequentar workshops de todos os músicos que podia, fosse o instrumento que fosse.

E conheci Vina Lacerda e Danilo Koch, que se tornaram alicerces até hoje no meu desenvolvimento na área de percussão, eles juntamente com o Toni despertaram a paixão em mim pela docência, tamanho exemplo de seres humanos, tamanho o carinho e amor que demonstraram sempre, para com o ser humano e para com o mundo dos tambores, sempre de forma muito clara e reta. São amigos e exemplos de pessoas que tenho na minha vida.

2006
2006
Da esquerda para direita: Vinicius Borba, Allan Mendes, Eu e Filipe Borba - Banda Olver

Banda Olver

Em 2006, dava início a Banda Olver, banda de Hardcore que passou por várias formações, mas onde eu e Filipe Borba, sempre estivemos juntos, nossa parceria se dava desde a Banda Marcial Madre Clélia Merloni onde ele tocava trompete.

Da esquerda para direita: Vinicius Borba, Allan Mendes, Eu e Filipe Borba – Banda Olver
 
 
Eu e o Luís Gustavo "BP" Esse cara é inigualável
Eu e o Luís Gustavo "BP" Esse cara é inigualável
Eu e o Luís Gustavo "BP" Esse cara é inigualável

Luís Gustavo Rocha (vulgo – BP)

No mesmo ano comecei a fazer os estudos de pedal duplo na Praticum, com o Luís Gustavo Rocha (vulgo – BP) onde o Proprietário da escola até hoje é Valmir Pêgas.
O BP veio a se tornar um grande amigo e me mostrou que independente de idade estilo musical temos que estar sempre evoluindo com disciplina e competência. E claro sempre com muito bom humor!
Eu e Valmir Pêgas... O baterista mais eclético que já vi! rsrsr (piada interna)
Eu e Valmir Pêgas... O baterista mais eclético que já vi! rsrsr (piada interna)
Eu e Valmir Pêgas... O baterista mais eclético que já vi! rsrsr (piada interna)

Valmir Pêgas

No mesmo ano comecei a fazer os estudos de pedal duplo na Praticum, com o Luís Gustavo Rocha (vulgo – BP) onde o Proprietário da escola até hoje é Valmir Pêgas.
O BP veio a se tornar um grande amigo e me mostrou que independente de idade estilo musical temos que estar sempre evoluindo com disciplina e competência. E claro sempre com muito bom humor!
Um dos melhores guitas com quem tive o prazer de tocar!
Um dos melhores guitas com quem tive o prazer de tocar!
Eu e Breno Teixeira - Um dos melhores guitas com quem tive o prazer de tocar!Luara Stollmeier​ aluna de baixo do Breno na época.

Breno Teixeira

Através dele conheci um Guitarrista chamado Breno Teixeira, ao qual é um grande professor de guitarra na cidade de Curitiba. Em 2006 ele precisava de bateristas para acompanhar os alunos dele em uma apresentação, eu não pensei duas vezes e logo liguei para o Breno me oferecendo para o trabalho, inicialmente eu iria tocar 2 ou 3 músicas, como os meus estudos na bateria eram sempre de longas horas e tocava bailes por 4, 5 às vezes 6 horas, logo me ofereci para assumir o repertório todo dos alunos e corri tirar as músicas, não me importava para estilo ou gosto musical ou o que quer que fosse, eu queria era currículo, era tocar e ser visto, o que viesse era lucro. Além disso, ver a forma com que o Breno trabalhava a cabeça dos alunos e como ele os cativava era estonteante. A relação que ele cria com os alunos, e na hora de tocar a agressividade musical que ele tem, foram exemplos que absorvi muito rápido. Nos tornando mais próximos, e ampliamos os trabalhos, lá permaneci por dois anos tocando nos ensaios por 6 horas regados a bananas e coca cola pra aguentar o tranco.

Dentro do trabalho com ele, aprendi a lidar com as frustrações e entender que música envolve pessoas e pessoas tem limitações ainda mais quando crianças, e muitas vezes não poderia executar tudo que tinha em mente.

Na primeira foto: Eu e Breno Teixeira – Um dos melhores guitas com quem tive o prazer de tocar!

 

Na segunda foto: Luara Stollmeier​ aluna de baixo do Breno na época.

 

2009
2009
Buru Lodi, Bruno Lodi, Eu, Beto Freitas e Lipe Borba - Formação original da Terceiro Estado

Banda Terceiro Estado

Nascia a Terceiro Estado, fomos apadrinhados pelo Xandão (O’ Rappa) que após muita insistência nossa, nos apresentou Tom Saboia, e sob a produção de ambos gravamos o disco homônimo. Isso nos abriu portas permitindo dividir o palco com as maiores bandas do país, como Skank, Barão Vermelho, Capital inicial, Kid Abelha, Jorge ben Jor, Cidade Negra e o próprio O’ Rappa dentre outras.

Turnê com o Barão e com O Rappa
 
 
2009 em diante
2009 em diante

Freelancer | Produção em áudio e vídeo

Dentro deste período continuava a tocar com outros artistas e músicos na noite, fazendo free lance como sideman e também atuando em gravações e eventos, durante este tempo também dei início ao curso de produção em áudio e vídeo pelo IFPR que me proporcionou muito mais conhecimento, além de parceiros de trabalho como Christian Yunes e José Lauro Rímoli.

Christian Yunes foi meu professor de áudio durante o curso e se tornou um grande amigo e irmão, e me indicou José Lauro Rímoli, que mais tarde viria a ser o técnico de som da Terceiro Estado.

Degustar da paz e da serenidade destes dois figuras, aliado ao conhecimento que ambos possuem é sobre-humano e de um prazer inestimável!
Dois dos maiores exemplos de profissionais e amigos que com certeza levo para vida toda!
Christian Yunes e Lauro Rímoli – Dois monstros gigantescos em áudio e coração!

2009 em diante
2009 em diante

Neste período alguns trabalhos também me proporcionaram muitas alegrias, como integrar a banda de apoio de Gui Guimarães e a banda de Rock Italiano chamada QUARTIERE OTTO, Formada por mim, Paulo Juk – Este renomado baixista da banda Blindagem e presidente local da ABRAMUS (Associação Brasileira de Música e Artes) -, Carlo Remondini Guitarrista e fundador do projeto, Alessandro Sangiorgi no piano e teclados este por sua vez Maestro da Ópera Orchestra Curytiba, e de vasto currículo erudito regendo Orquestra Sinfônica do Paraná e outras. E Dario Galloni nos vocais.

À Esquerda a banda de Gui Guimarães formada por Juan Castro, Eu Guilherme Guimarães e Pedro Possiede… – … A direita a Quartiere Otto formada por Carlo Remondini, Dario Galloni, Alessandro Sangiorgi, Eu e Paulo Juk
2014
2014

Quando a Terceiro Estado estava próxima de gravar o segundo CD em 2014 com uma subsidiária da Sony já sem Bruno Lodi substituído por Luciano Hirano no baixo, e sem Buru Lodi na Guitarra, um dia antes de embarcar para as gravações em São Paulo, eu encerrava meu ciclo dentro da Terceiro Estado, devido a falta de entendimento com o produtor que viria a gravar a banda.

Após isso comecei a me dedicar somente a dar aulas particulares, deixando cada vez mais a noite de lado, embora ainda faça alguns trabalhos, mas mais voltado a gravações do que tocar na noite propriamente dito.

Eu e alguns dos meus alunos em uma das apresentações que realizamos

Estudos e Master Class

Também sempre me preocupei em me atualizar, durante todos estes anos, já fiz aulas e participei de vários masters class com nomes de peso como Aquiles Priester, Dámaso Cerruti,, Ricardo Confessori, Kiko Freitas, Xandi Tamietti, Robertinho Silva, Peninha, Duda Mendes, Dennis Chambers, Aaron Spears, Horacio El Negro, Mario Fabre, Márcio Bahia, Edu Ribeiro, Caíto Marcondes dentre outros.

 

Em cima: Aaron Spears, Dennis Chambers e Aquiles Priester – Em baixo – Kiko Freitas, Mario Fabre, Nô (Leandro) e Ricardo Confessori

 

A docência também me tomou por completo, fazendo eu unir outros lados que sempre gostei de pesquisar como a psicologia, teologia, filosofia, história, marketing e outras coisas mais.

O desenvolvimento dos alunos também é algo que exige muita dedicação, e estruturar tudo isso em papel ou mesmo gravando aulas ou escrevendo demanda muito tempo.

Hoje venho trabalhando no livro, “Fisiologia do Tambor, Filosofia de Vida” e desenvolvendo e compilando exercícios para a bateria e percussão que tenham efetividade na vida do aluno como um todo e trabalhando em alguns projetos musicais
 
Continuo meus estudos, e sim! Ainda ouço Hanson rsrsr.